Corações distantes
Corações distantes
Paulo Roberto Gaefke
Talvez eu não saiba o quanto eu realmente te amo,
nem você, nem as estrelas que me acompanham.
Nesta noite fria e distante, meus olhos se perdem,
ora miram o vísível da noite, ora o invisível da mente.
Eu me perco nesta viagem, nesta saudade.
O coração sente a sua proximidade, mesmo tão distante…
Talvez o amor seja essa descoberta,
de que precisamos um do outro,
ainda que completos, ressentidos,
tão imaturos ou amadurecidos.
Inocentes ou calejados pela vida.
Vivendo do que fomos ontem,
pensando no amanhã,
descubro que te quero hoje.
O meu dia é você!
E para isso não preciso de filosofia,
nem discuto com o analista, apenas sinto.
Sinto a sua falta como se fosse algo palpável,
como se existisse uma máquina capaz de medir,
e a dor da ausência é inexplicável…
Por isso, me perco nestas notas,
anotando o descompasso do meu coração,
para dizer o que não sei explicar,
queria apenas poder gritar:te amo,
ou quem sabe sussurrar: te desejo.
Me perder de vez nos teus braços,
para deixar de ser ausência,
e ser simplesmente calor,
escrevendo assim na eternidade,
a mais bela história de amor.
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