Você conhece a história da vacina no Brasil?
Você sabe a importância de se vacinar para prevenir doenças?
Você sabe como funcionam as vacinas em nosso organismo?
Vale a pena se informar!!!
A vacina surgiu em um importante momento histórico de combate à varíola, uma das doenças
mais temidas no mundo no século XVIII, com taxa de mortalidade em torno de 10 a 40%.
A descoberta de que os sobreviventes não contraiam a doença novamente, trouxe à tona a ideia de
provocar a enfermidade de forma branda paraevitar que ela fosse contraída de maneira mais
potente. Essa prática ficou conhecida como variolação e acredita-se que ela tenha surgido inicialmente
entre os chineses, mas era conhecida por diversos povos da África e da Ásia, como os hindus,
egípcios, persas, circassianos, georgianos e árabes.
Em 1798, vieram a público as investigações feitas pelo médico inglês Edward Jenner.
Por longos anos, ele observou que ordenhadores que haviam sido contaminados pela cowpox,
doença branda semelhante à varíola que atingia gados, eram imunes à varíola. Mesmo sendo
infectadas pelo vírus, estas pessoas se mantinham refratárias à doença.
Jenner inoculou um garoto de oito anos com o pus retirado da pústula (crosta cheia de pus formada
sobre a pele do doente) de uma ordenhadora que sofria com a doença. O garoto contraiu uma infecção
extremamente benigna e, dez dias depois, estava recuperado.
Em pouco tempo o processo passou a ser adotado mundialmente. Em 1800, a Marinha britânica passou a
utilizar vacinação. No Brasil, a vacina chegou em 1804, trazida pelo marquês de Barbacena.
Em 1956 ocorreu o primeiro projeto de erradicação global de uma doença, patrocinado pela
OMS (Organização Mundial da Saúde). Quatro anos depois, a varíola já não era mais encontrada
nos países industrializados, e uma organização sólida permitiu que em 1977 se estabelecesse o
primeiro e único episódio de erradicação de uma doença infecciosa humana em escala planetária.
Até hoje vacinação em massa tem possibilitado o controle da disseminação de várias outras
doenças infecciosas.
A importância da vacina
A vacina é uma importante aliada no controle, combate e eliminação de doenças, pois protege não apenas
quem a recebe, mas também a comunidade como um todo. Isso significa que quanto maior o número de
pessoas protegidas pela vacina, menor será a chance de qualquer indivíduo de uma comunidade – vacinado
ou não – ser contaminado.
No Brasil, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Imunizações (PNI) que se destaca entre os
melhores programas de imunização do mundo com atuação na ampliação da prevenção, no combate ao
controle e erradicação de doenças, além de disponibilizar diversas vacinas à população.
Atualmente, o Brasil é um dos países que oferece o maior número de vacinas à população, disponibilizando
mais de 300 milhões de doses anuais sendo 43 tipos diferentes de imunobiológicos: 26 vacinas, 13 soros
heterólogos (imunoglobulinas animais) e quatro soros homólogos (imunoglobulinas humanas), utilizadas na
prevenção e/ou tratamento de doenças.
As campanhas nacionais de vacinação resultaram na eliminação da varíola, em 1973, da poliomielite, em
1989. Além disso, o programa de vacinação controla o tétano neonatal, as formas graves da tuberculose, a
difteria, o tétano acidental e a coqueluche.
O papel da vacina na prevenção de doenças no Brasil
O Programa Nacional de Imunizações tem trabalhado para erradicar e controlar doenças tais como, o
tétano neonatal, formas graves da tuberculose, difteria, tétano acidental e coqueluche.
Para tanto, realiza três campanhas fixas por ano contra a Poliomielite, Influenza e atualização da
caderneta de vacinação focando os grupos prioritários.
O esforço para imunizar a população está dando resultados. O Brasil alcançou a erradicação da
poliomielite e da varíola, e a eliminação da circulação do vírus autóctone do sarampo, desde 2000, e da
rubéola, desde 2009.
Também foi registrada queda acentuada nos casos e incidências das doenças imuno preveníveis,
como as meningites por meningococo, difteria, tétano neonatal, entre outras.
Calendário vacinal
Doenças muito graves podem ser evitadas com a vacinação. Por isso, é essencial seguir o calendário de
vacinação em todas as faixas de idade, com objetivo de estimular o sistema imunológico e produzir
anticorpos para proteger o organismo de vírus e bactérias.
Grande parte da população crê que a vacina é obrigatória apenas para crianças, mas é importante
ressaltar que a carteira de vacinação deve ser mantida em dia em todas as idades para evitar o
retorno de doenças já erradicadas, o cuidado deve ocorrer principalmente na infância, já que recém-nascidos
não possuem imunidade (proteção formada), o que os deixa mais suscetíveis a contrair doenças.
Nesse contexto, é necessário estar atento às atualizações da caderneta de vacinação de crianças entre
0 e 5 anos, bem como adolescentes, adultos e idosos em relação a cinco tipos diferentes de vacinas contra
a hepatite B, febre amarela, difteria, tétano, sarampo, rubéola e caxumba e o vírus da gripe, Influenza.
Em 2014, o Ministério da Saúde, determinou a vacinação contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) em
adolescentes de 9 aos 13 anos.
Para as gestantes, existem quatro vacinas disponíveis no Calendário Nacional de Vacinação, que protegem
tanto a mãe quanto o recém-nascido.
São elas: influenza, hepatite B, dupla adulto e dTpa contra a hepatite, difteria, tétano e coqueluche.
Fique atento ao calendário de vacinação e mantenha sua carteira sempre atualizada.
É importante lembrar que aos doze meses de idade (um ano), a criança já
deverá ter tomado todas as vacinas do esquema básico.
Quais doenças podem ser prevenidas pela vacinação?
Veja, abaixo, algumas das doenças prevenidas por vacina:
Poliomielite: doença contagiosa, provocada por vírus e caracterizada por paralisia súbita geralmente
nas pernas.
Tétano: infecção, causada por uma toxina (substância tóxica) produzida pelo bacilo tetânico, que entra no
organismo por meio de ferimentos ou lesões na pele (tétano acidental) ou pelo coto do cordão umbilical
(tétano neonatal ou mal dos sete dias) e atinge o sistema nervoso central. Caracteriza-se por contrações e
espasmos, dificuldade em engolir e rigidez no pescoço.
Coqueluche: doença infecciosa, que compromete o aparelho respiratório e se caracteriza por ataques
de tosse seca. É transmitida por tosse, espirro ou fala de uma pessoa contaminada. Em crianças com menos
de seis meses, apresenta-se de forma mais grave e pode levar à morte.
Haemophilus influenzae tipo B: é uma bactéria que causa um tipo de meningite (inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro), sinusite e pneumonia. A doença mais grave é a meningite, com início
súbito de febre, dor de cabeça intensa, náusea, vômito e rigidez da nuca (pescoço duro).
Sarampo: doença muito contagiosa, causada por vírus que provoca febre alta, tosse, coriza e manchas
avermelhadas pelo corpo. É transmitida de pessoa a pessoa por tosse, espirro ou fala, especialmente, em
ambientes fechados.
Rubéola: doença muito contagiosa, provocada por um vírus que atinge principalmente crianças e provoca
febre e manchas vermelhas na pele. É transmitida pelo contato direto com pessoas contaminadas.
Caxumba: doença viral, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas responsáveis
pela produção de saliva na boca (parótida).
Caso ela “desça” – em homens – pode causar inflamação nos testículos deixando-os inférteis. Nas mulheres
pode ocorrer infertilidade devido à inflamação dos ovários. É transmitida pela tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas.
Febre amarela: doença infecciosa, causada por vírus transmitido por vários tipos de mosquito. O Aedes
Aegypti pode transmitir a doença, causando a febre amarela urbana, o que, desde 1942, não ocorre no Brasil.
A forma da doença que ocorre no País é a febre amarela silvestre, transmitida pelos mosquitos Haemagogus
e o Sabethes, em regiões fora das cidades.
É uma doença grave, que se caracteriza por febre repentina, calafrios, dor de cabeça, náuseas e leva a sangramento
no fígado, no cérebro e nos rins, podendo, em muitos casos, causar a morte.
Difteria: causada por um bacilo, produtor de uma toxina que atinge as amídalas, a faringe, o nariz e a pele, onde provoca placas branco-acinzentadas.
Hepatite B: doença causada por vírus que provoca mal-estar, febre baixa, dor de cabeça, fadiga, dor abdominal, náuseas, vômitos e aversão a alguns alimentos. O doente fica com a pele amarelada. A Hepatite B é grave, porque pode levar a uma infecção crônica (permanente) do fígado e, na idade adulta, levar ao câncer de fígado.
Fonte: Unimed